Por Que às Vezes Me Sinto Tão Deslocado? – O Desafio Social do TDAH

Imagine esta cena: Era mais um domingo de churrasco em família quando Lucas, de 28 anos, percebeu que estava ouvindo tudo e nada ao mesmo tempo. Enquanto os primos riam de uma piada, ele tentava se lembrar do nome da sobrinha que puxou assunto com ele minutos antes. Sua mente pulava de um pensamento a outro: “Será que falei demais? Por que todo mundo parece seguir a conversa tão fácil?”. Para pessoas com TDAH, socializar pode ser como assistir a um filme com o áudio dessincronizado – você capta os pedaços, mas a conexão real escapa.

O problema não é falta de interesse, e sim o cérebro em “modo turbilhão”. Enquanto neurotípicos filtram naturalmente barulhos e expressões faciais, quem tem TDAH luta para:

  • Manter o foco no diálogo (em vez de se distrair com um quadro torto na parede);
  • Ler pistas sociais (como perceber que o outro está entediado);
  • Controlar impulsos (interromper ou mudar de assunto abruptamente).
    O resultado? Muitos se sentem “estranhos” ou “intensos demais”, e acabam evitando encontros – não por antisocialismo, mas por exaustão.

Mas há luz no fim do túnel. Estratégias como treino de habilidades sociais, terapia cognitivo-comportamental e grupos de apoio podem ajudar a reconectar os fios. Lucas, hoje, aprendeu a avisar amigos: “Se eu parecer distraído, me cutuca – não foi falta de interesse!”. Socializar com TDAH é como dançar em um ritmo diferente: requer ajustes, mas a música pode ser tão boa quanto para todo mundo. Você já se identificou com essa sensação?

Nota: O nome “Lucas” é fictício, mas a história é inspirada em relatos reais de pacientes. 

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