Era uma terça-feira comum quando ela percebeu que não lembrava a última vez que rira com ele. Não aquela risada espontânea que doía a barriga, mas aquele sorriso de cumplicidade que costumava uní-los mesmo em dias difíceis. Foi quando olhou para o parceiro de dez anos e sentiu um frio: “Será que ainda nos amamos?”

Como terapeuta de casais, já vi essa cena se repetir inúmeras vezes. A verdade que ninguém conta é que o amor não some do dia para noite – ele vai se perdendo em microgestos não correspondidos:

Mas há um segredo: os relacionamentos mais resilientes que atendo não são os sem crises – são os que transformam a crise em reinvenção. O casal que quase se separou e descobriu novas formas de intimidade. Os que trocaram acusações por vulnerabilidade. Os que entenderam que o “felizes para sempre” não é um destino, mas uma construção diária.

Se seu relacionamento está nesse limbo entre “continuar” e “desistir”, saiba que:
A crise é um sintoma – não da falta de amor, mas da necessidade de novos códigos
O que trouxe vocês até aqui não os levará adiante – e isso é bom
A melhor decisão pode não ser “ficar ou sair” e sim “como recomeçar”

O final dessa história ainda está sendo escrito – e a próxima página pode ser a mais bonita de todas.