Você já sentiu que está no meio de um labirinto, olhando várias possíveis saídas, cheio de dúvidas, e com medo de dar o passo “errado”? Muitas vezes esperamos ter clareza total antes de agir — mas a verdade é que a vida real raramente nos entrega certeza firme. O caminho se revela, passo a passo, à medida que nos permitimos viver mesmo na incerteza.
A armadilha da “decisão perfeita”
Quando colocamos a exigência de que tudo precisa estar claro — valores, metas, sentido — antes de dar um passo, ficamos presos. Esse perfeccionismo silencioso transforma escolha em prisão. A ACT e a TCC ensinam algo libertador: não precisamos esperar que todos os pensamentos estejam organizados para começar a andar. O movimento em si traz clareza.
Aprender a caminhar com dúvidas
- Notar o pensamento que diz “não estou pronto”
Identifique esse “não estou pronto” – é só um mensageiro da mente, e não uma regra. Use a técnica de desfusão: “Estou tendo o pensamento de que não estou pronto”. - Aceitar o desconforto emocional
A ansiedade, o medo, a dor — tudo isso pode estar presente enquanto caminhamos. A aceitação não significa gostar, mas permitir que o sentimento exista sem que ele nos paralise. - Agir com clareza parcial
Você não precisa ver todo o caminho para dar o primeiro passo. Escolha uma ação mínima — mesmo incerta — que reflita seus valores, e teste. A partir da experiência você ajusta. - Avaliar, recalibrar e seguir
Ao agir você obtém feedback: o passo foi alinhado? Dava para sentir algo de leveza ou coerência? Se sim, continue; se não, corrija. Esse ciclo é muito mais realista do que esperar o plano perfeito.